Fríolges, abacates e torresminho
Era um restaurante colombiano.
Era um lindo fim de tarde outonal em Paris.
Era para ser uma noite de saudades matadas, a começar pelo arroz com feijão.
Mas acabou sendo uma noite de saudades eternas.
Ás oito a noite eu e o colombiano tamomos o metrô mais próximo do escritório, Madeleine. Seguimos até a linha 3, mais dez minutos e chegamos em Rue Saint Maur e no céu os riscos formam uma geometria típicamente parisienese.
Os colombianos se multiplicaram em poucos segundos. Um deles soprou em meu ouvido, "è um lugar do povo, sabe. Não se preocupe pois a comida é boa".
Entre garçonetes, violas e linguiças eu senti um cheirinho do Brasil. Foi desleal.
São apenas 34 croissants a comer.
Um para cada dia que me resta neste país.
1 Comments:
Legal que você sentiu o cheiro de lingüiça e lembrou do Brasil.
3:11 AM
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